As controvérsias da militarização de escola públicas no df

Autor: SinproDF
Contato: cpd@sinttel.org.br

A militarização de escolas públicas no Distrito Federal pelo GDF já mostrou a que veio. Em menos de uma semana da imposição de um projeto que é totalmente arbitrário, desrespeitoso e nocivo a estudantes, comunidade escolar e à educação de uma forma geral, o governo impôs, de forma unilateral, uma série de mudanças à rotina de trabalho do Centro Educacional 308 do Recanto das Emas.

Não bastasse ter modificado o nome do CED para Colégio da Polícia Militar CED 308 do Recanto das Emas, todos(as) que estão em coordenação deverão fazer a substituição em regência aos(às) professores(as) ausentes.

Outro ponto imposto pelos militares é o fim de datas comemorativas, como é o caso das festas juninas sob o pretexto de não produção pedagógica do estudante. E as mudanças não param. O horário de aula será modificado.

Em comunicado emitido pela gestão militar do CED 308 aos responsáveis aponta mudanças nos turnos matutino e vespertino com a inclusão do horário de almoço e formatura diária. A escola não funcionará aos sábados, tirando também os dias móveis.

Além disso, não haverá intervalo de 15 minutos, com a promessa de que o período será pago todo fim do dia, sob a ciência de que não é valido como regência.

O Sinpro repudia a atitude do governo e os relatos de ingerência na prática e no cotidiano pedagógico do CED 308 do Recanto das Emas, fatos que contrastam frontalmente com os princípios que devem nortear a prática pedagógica e o cotidiano nos ambientes escolares da rede pública de ensino do Distrito Federal, tais como a autonomia pedagógica do docente e o espaço democrático na tomada de decisões, sejam elas quais forem. Essas diretrizes reafirmam a defesa intransigente da educação pública e dos direitos da categoria.

Quaisquer posturas contrárias ao diálogo e à democracia, caracteriza retrocesso e desrespeito às normas e legislações que regem a rede e a nossa categoria, influenciando negativamente no processo ensino-aprendizagem dos nossos estudantes, que merecem igualmente todo o respeito à sua dignidade como seres em formação.

Diante do quadro, a diretoria do Sinpro já marcou uma reunião com o secretário de Educação do Distrito Federal para a próxima terça-feira (19), para que ele se posicione sobre os ocorridos e tome as devidas providenciais.

Fonte: SinproDF

Data

20/02/2019

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