Sinttel-DF defende melhores salários e condições de trabalho para os trabalhadores

Licitação para serviço de telaatendimento da Secretaria Políticas para as Mulheres e Secretaria de Direitos Humanos

Autor: Redação Sinttel-DF
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O Sinttel-DF se reuniu na última semana com representantes da Central de Atendimento à Mulher (SPM), o Ligue 180, e da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) e apresentou sugestões para melhorar os salários e as condições de trabalho dos teleatendentes. Com relação à remuneração dos trabalhadores, o sindicato propôs que no edital para a contratação da empresa que presta esse serviço esteja definido o piso da Convenção Coletiva de Trabalho, que garante o piso salarial de R$ 839,30 e tíquete de R$18,00.

Para o diretor do Sinttel-DF, Ivomar Magalhães, os trabalhadores destes serviços lidam com situações complexas que envolvem denúncias ou relatos de violência contra mulheres, crianças, adolescentes, idosos, gays em todo o País, por isso, são dignos de uma remuneração mais justa. “Esses trabalhadores lidam com vidas humanas, um trabalho que exige uma dedicação, por isso, precisam ser bem remunerados”, defendeu Ivomar.

O Ligue 180 entrou em operação em 2007 e está vinculado à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República. Possui cerca de 200 teleatendentes e uma demanda diária de aproximadamente 2 mil atendimentos, o que exige muito esforço e habilidade desses profissionais. Como se não bastasse, os trotes representam cerca de 50% das ligações recebidas. Desde que começou a funcionar, cerca de 3 milhões de atendimentos foram realizados.

A iniciativa de convidar o sindicato da categoria para dialogar e coletar subsídios para elaboração do edital é um bom exemplo que deve ser seguido por outros órgãos públicos. A SPM e SDH dão um passo importante, que vai além do critério do menor preço para se estabelecer esses contratos. É preciso garantir no edital melhores condições de trabalho aos contratados. Afinal, as reivindicações da categoria e os conflitos trabalhistas sempre chegam à entidade sindical, que tem o dever de dar demandas a essas questões e de defender os interesses coletivos dos trabalhadores.

De acordo com a coordenadora da Central de Atendimento à Mulher, Clarisse Carvalho, a insatisfação do trabalhador no ambiente de trabalho de certa forma reflete na qualidade dos serviços oferecidos pelo Ligue 180 à população. “É importante ouvir o sindicato porque é a instituição mais próxima aos teleatendentes e precisamos saber quais as solicitações dos trabalhadores para que possamos melhorar o próximo contrato”, explicou Clarisse.

Na avaliação do Sinttel-DF a reunião foi positiva, pois a ideia de discutir com a entidade sindical os pontos que interessam aos trabalhadores, antes de publicar o edital para contratação dos serviços, é um passo importante para melhorar as relações trabalhistas neste segmento. “O padrão de atendimento no Call Center de venda de produtos não pode ser o mesmo na Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres e na Secretaria de Direitos Humanos”, enfatizou o diretor do Sinttel-DF Leandro Fonseca.


Data

01/08/2013

Assunto

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