Os trabalhadores da TELLUS reunidos em assembleia geral na tarde dessa quinta-feira (27/6) no auditório da empresa, no Setor Comercial Sul, Brasília (DF), decidiram aprovar a pauta de reivindicações 2013/2014 que será encaminhada à empresa. O auditório ficou lotado durante a assembleia. O Sinttel-DF espera que as negociações sejam tranquilas para que o Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014 seja assinado com a TELLUS o mais rápido possível.

Na TELLUS, esta é a primeira campanha salarial coordenada pelo Sinttel-DF. Antes, a categoria era representada por outra entidade. De acordo com os trabalhadores ouvidos pela reportagem, a chegada do sindicato à empresa conquistou o respeito e a confiança da categoria. “Acho que o sindicato é bom porque nas assembleias ele fez muitos esclarecimentos sobre os nossos direitos e deveres que a gente não sabia”, afirmou Karina Alves Rodrigues.

As sugestões encaminhadas pelos funcionários foram inseridas na pauta. Aliás, esse é um procedimento rotineiro no sindicato para garantir que os anseios dos trabalhadores estejam contemplados nas discussões dos acordos coletivos. “O sindicato ouviu a gente e colocou na pauta muitas sugestões, agora é lutar para que as nossas reivindicações se tornem realidade”, afirmou o teleoperador Danilo de Oliveira.

Insegurança – A falta de segurança no Setor Comercial Sul (SCS) preocupa os trabalhadores da TELLUS e muitos já pensaram em pedir demissão do emprego. Consumo de drogas, assaltos e ameaças são comuns nos horários de 6h20, 19h20, 20h20 e meia noite. A empresa fornece um micro ônibus (Van), às 21h20 e meia noite, para transportar os trabalhadores até a rodoviária do Plano Piloto, mas, segundo os funcionários, o veículo é pequeno e os deslocamentos precisam ser mais planejados. Não faltam histórias de apuros “um dia cobri o corpo com caixa de papelão para os marginais pensarem que eu também era morador de rua e não mexesse comigo. Deu certo!”, relatou Glaydson Gomes da Silva.

Para o vice-presidente do Sinttel-DF, Rodrigo Franco, a situação é gravíssima e exige uma resposta imediata das autoridades de segurança pública, antes que tragédias ocorram com os trabalhadores. “Já recebemos um abaixo-assinado dos trabalhadores e encaminhamos à empresa para tomar providências necessárias, mas a solução definitiva do problema compete aos órgãos de segurança do Estado. O sindicato vai continuar acompanhando a situação e, também, vai cobrar ações concretas para proteger os companheiros”, finalizou Rodrigo. De fato, é um absurdo o trabalhador ser obrigado a pedir demissão, devido à absoluta falta de segurança no seu itinerário para o local de trabalho, principalmente quando isso ocorre no centro da capital do país.

A pauta de reivindicações 2013/2014 será publicada no Boletim Alô Alô.

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