Fitratelp e sindicatos filiados participam de audiência pública no Senado

A classe trabalhadora quer o sepultamento do projeto porque ele retira direitos.

Autor: Redação Sinttel-DF
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A Fitratelp e os sindicatos filiados, entre eles o Sinttel-DF, continuam atuando no Congresso Nacional contra o projeto que amplia a terceirização e a precarização das relações de trabalho no Brasil. Desde o início dos debates no parlamento, os sindicatos têm demostrado aos parlamentares e à sociedade que a iniciativa é prejudicial aos trabalhadores brasileiros.

O projeto de Lei 4330/2004 já foi aprovado na Câmara e agora tramita no Senado Federal como PLC 30/2015. Na quinta-feira (14), a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado realizou audiência pública para debater o projeto. Lideranças sindicais e políticas, membros do Poder Judiciário, pesquisadores e especialistas lotaram o auditório Petrônio Portella e se manifestaram contra a proposta.

Para o presidente da Fitratel João de Moura Neto, a palavra de ordem para os trabalhadores é combater o projeto [PL 4330 e PLC 30], fazendo pressão nos senadores e cobrando dos deputados federais para que o projeto não permaneça como está “permanecendo como está estaremos concordando com a volta da escravidão e nós não admitimos isso”, enfatizou Moura.

Para o diretor do Sinttel-DF Geraldo Coan, os trabalhadores em telecomunicações estão mobilizados para não permitir a retirada de direitos. Além disso, a categoria vai à luta para que projeto seja ‘sepultado’ no Senado. “Nós somos contra esse projeto e temos certeza que com a luta que estamos fazendo vamos reverter essa situação e enterrar de vez o PLC 30 no Senado”, disse Coan.

O senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a CDH, afirmou na audiência que pesquisas de opinião já revelam que cerca de 90% da população é contrária à proposta. Segundo o senador, o Ministério do Trabalho também não terá condições de fiscalizar as situações análogas à escravidão se a proposta for aprovada da forma como está.

Os trabalhadores na galeria aplaudiam cada discurso ou manifestação contra o projeto. O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) compareceu à audiência para reafirmar sua posição contra o projeto porque ele precariza as condições de trabalho no país. “Liberar geral a terceirização significa precarizar ainda mais as nossas condições de trabalho. Nós não concordamos com isso”, afirmou o presidente.

Data

15/05/2015

Assunto

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